O Bagunte está a celebrar os seus 63 anos de atividade até ao próximo domingo. Associando-se à efeméride, a União de Freguesias de Bagunte, Ferreiró, Outeiro e Parada falou com alguns dos seus protagonistas, com Acácio Campos, António Antunes, Claudemiro Sá, Jorge Miranda, Manuel Vilas Boas, ex-dirigentes e ex-atletas, pessoas cujo inestimável contributo engrandece a história do clube e são património da nossa memória coletiva. 🙌
Dois dos jogadores que fizeram parte da chamada Geração de Ouro do Clube, Jorge Miranda e Claudemiro Sá recordam-nos, hoje, a sua passagem pelo Bagunte.
Ambos são naturais de Bagunte e entraram para o Clube ainda muito jovens. Jorge Miranda, com apenas sete anos, e Claudemiro, com cerca de 12, e por lá ficaram durante mais de 20 anos. Passaram pelos vários escalões e terminaram na equipa Sénior, pouco depois de completarem 16 anos, fruto do relevante trabalho formativo. Com os restantes colegas, conquistaram vários títulos, desde a Taça de Vila do Conde, a Super Taça, a Taça da Federação, a Taça de Campeões da Federação e a Super Taça da Federação do Norte. 🏆
👉 Em conversa, Claudemiro Sá, mais conhecido por “Miro” recorda, com emoção, uma das melhores épocas do Clube. “Felizmente, tive a sorte de fazer parte de um grupo de atletas incrível, considerada por muitos a Geração de Ouro”. 🥇
Foi através do seu pai, Moisés, antigo treinador e atleta do Bagunte, que o ex-defesa-central e capitão do Bagunte ganhou o carinho e o gosto pelo futebol… desporto que há três gerações faz parte da família de Claudemiro: além do seu pai, a sua irmã Cristiana é treinadora dos escalões de formação do Clube e um dos seus filhos joga no escalão de jovens. ⚽️
Da época em que era jogador, recorda sentimentos que eram partilhados por todos, “existia mística, bairrismo e o amor à camisola que era passado pelas várias gerações. No meu tempo, a minha equipa era formada por jogadores da casa, da terra, e isso torna-se cada vez mais difícil nos dias de hoje, infelizmente”.
Para Miro, a importância do desporto não se resume apenas aos benefícios para a saúde, mas também à aquisição de competências pessoais como dedicação, ambição e companheirismo “no Bagunte fiz amigos para a vida”, explica, deixando um apelo à comunidade para que continuem a incentivar os mais novos a praticarem uma modalidade desportiva, seja ela qual for e no Bagunte FC têm várias desde o futebol, futsal, badminton, entre outras.
Atualmente, e como membro da direção “desejo muitas felicidades ao Bagunte e que continue sempre vivo e ativo. Este é o clube do meu coração. Parece clichê, mas é a realidade. São muitos anos e muitas histórias bonitas!” rematou o antigo camisola 7.
👉 Jorge Miranda é outro dos atletas que também pertenceu ao elenco da grande geração do Clube. Também conhecido por Juska (nome inspirado no antigo jogador Juskowiak do Sporting CP), foi um dos grandes jogadores do Bagunte FC. ⚽️
Durante a sua carreira ao serviço do clube, conquistou, por duas vezes, o título de melhor marcador, “É sempre bom receber uma distinção, ser reconhecido por algo que se gosta de fazer, mas não eram esses títulos que nos faziam vibrar, o que nos motivava eram as vitórias em campo e ajudar a nossa equipa na conquista dos campeonatos”, refere o antigo camisola 19 do Bagunte FC.
Acrescentou, ainda: “O Clube acabava por ser uma segunda casa, uma segunda família”. Com treinos a acontecer, pelo menos, duas vezes por semana e jogos ao fim de semana “a proximidade transformava-se numa grande amizade e companheirismo que fica para sempre”. ❤️
Nesta época festiva, Juska faz votos para que “o Clube continue no ativo e a somar vitórias e títulos” e, apesar de já não assistir a todos os jogos, mantém-se sempre atento aos resultados e conhece muitos dos atuais jogadores. 💪
➡ Na próxima publicação, conheça os testemunhos de outras três pessoas extraordinárias, de três antigos presidentes, Acácio Campos, António Antunes (Di) e Manuel Vilas Boas.